Revista Brasil Energia | Vitória PetroShow 2024

Prio busca fornecedores e leva o programa Reação Offshore ao ES

Francilmar Fernandes, diretor de operações da PRIO, em entrevista para a Brasil Energia durante o Vitória PetroShow, fala sobre as negociações realizadas no evento, sobre o novo programa de capacitação criado pela empresa e atualiza os planos para o projeto de Wahoo.

Por Rosely Maximo

Compartilhe Facebook Instagram Twitter Linkedin Whatsapp

Presente na Bacia do Espírito Santo com quatro campos, a Prio decidiu participar do Vitoria Petroshow com sua área de Suprimentos para identificar novos fornecedores, tanto nas operações de produção como na área de desenvolvimento de produção. Outro movimento no estado está sendo o de levar a experiência do programa Reação Offshore para capacitar pessoal localmente.

“A forma de atuação de uma empresa independente é diferente da de uma empresa que trabalha desenvolvendo campos novos ou campos gigantes. Em campos maduros, modelo das independentes, [o foco] é muito diferente de campos novos. É tudo mais imediato, com prazos mais curtos, preços mais competitivos, porque no final das contas o nosso negócio é competitividade”, disse Francilmar Fernandes, diretor de operações da Prio à reportagem da Brasil Energia.

“Por isso é tão importante que a gente encontre mais aliados aqui no Espírito Santo”, continuou. “É encontrar fornecedores que queiram prestar serviço e ser parceiros nessa nossa jornada, com a mentalidade aderente à cultura Prio, de ser mais aguerrido. Não é ganhar no antes e no certo, mas na performance, agregando valor. E com isso ganhar dinheiro”

O leque é grande, porque a operadora termina sendo uma “locomotiva”, nas palavras dele. “A gente tem necessidades para os ativos de produção, seja FPSO ou plataforma, desde serviços mais simples, como caldeiraria e pintura, até serviços mais complexos, como serviços atrelados à automação e controle e serviços de construção de grande porte, até o subsea, engenharia submarina que envolve as operações no sistema de escoamento e equipamentos submarinos, passando pela parte de construção de poços”.

Outro movimento que a Prio tem feito é buscar pessoal em um mercado sob forte demanda. Mas em vez de acirrar a disputa no mercado, a Prio decidiu treinar ao máximo time novo. “Na Prio a gente decidiu não entrar para uma guerra normal por talentos. A gente decidiu iniciar, mais de um ano atrás, o primeiro programa Reação Offshore, que é um programa de capacitação de jovens para atuar nas unidades de produção. A gente formou um curso em conjunto com o Senai, o Instituto Reação e o Instituto Todos na Luta, que capacite técnica e sócio-emocionalmente novos profissionais, muitos deles vindos de comunidades carentes do Rio de Janeiro, da Região de Campos, de Macaé e outros lugares.

“A Prio emprega muitas dessas pessoas formadas no curso, mas o curso não é só para a Prio, é para o mercado inteiro. A gente formou mais de 200 pessoas na última turma, contratamos uns 80 e depois a gente foi contratando alguns outros. E nesse ano a gente vai expandir para o Espírito Santo, em benefício da Prio e também das outras empresas...Hoje a Prio tem na casa 800 e poucos funcionários e em 2015 a gente não chegava a 100. É muita gente nova formada dentro de casa. Toda a liderança praticamente é nova, formada dentro de casa, inclusive eu.

Wahoo

Como não poderia deixar de ser, a entrevista derivou para o projeto Wahoo, ainda programado para iniciar produção em agosto, mas sob risco de adiamento por conta da greve do Ibama. Francilmar disse que ao final das últimas entregas, o que vai faltar basicamente é a perfuração. “A gente sonha ainda e trabalha duro para agosto, mas hoje eu diria que, talvez com essa questão do licenciamento, o projeto vai sofrer algum atraso”.  

O campo de Wahoo, segundo o executivo, vai começar a produzir entre 10 mil e 15 mil com quatro poços, chegando a 40 mil barris no seu pico de produção. “Depois disso a gente vai estudar um pouco mais, ver o que dá para fazer de acordo com o desempenho do reservatório.

Além de Wahoo, a Prio tem ainda os projetos de redesenvolvimento de Albacora Leste, ajustes em Frade, em Polvo e Tubarão. “Pra gente da área de operações executar, somando Wahoo e Albacora Leste, temos mais de 150 mil barris para entregar”.

Assista a vídeo-entrevista:

Newsletter Opinião

Cadastre-se para receber mensalmente nossa newsletter com os artigos dos nossos Colunistas e Articulistas em Petróleo, Gás e Energia

Veja outras notícias sobre vitória petroshow 2024

Últimas