e-revista Brasil Energia 483

8 Brasil Energia, nº 483, 30 de outubro de 2023 entrevista Joelson Mendes Diretor de Exploração e Produção da Petrobras o seu CPF por estarem pedindo coisas inadequadas. Isso é outra questão. O servidor público não pode fazer as coisas da cabeça dele. Ele tem que tomar atitudes de acordo com a lei, com a boa técnica. Mas a palavra final é do Ibama e acredito que esse entendimento vai prosperar. Quem poderia questionar um servidor público do Ibama? Os órgãos de controle. O Tribunal de Contas da União. Eu sou questionado o tempo todo pelo TCU. Em que fase está o projeto de Pitu Oeste, na margem equatorial do Rio Grande do Norte? Estamos com uma interação grande com o Ibama. No Amapá, em águas profundas, não estamos mais conversando com o Ibama. Já demos todas as informações e esperamos a resposta do pedido de reconsideração. Em Pitu Oeste é diferente. Eles estão para marcar uma atividade pré-operacional, que são exercícios simulados. [NR: Após essa entrevista, o Ibama liberou a licença de perfuração do poço no início de outubro] As exigências do Ibama para Pitu Oeste são as mesmas das feitas para a Foz do Amazonas? Não. O nome Amazonas gera outras questões e não há produção lá. Já no Rio Grande do Norte tem produção. As correntes marítimas são mais conhecidas. As comunidades estão mais presentes nas atividades. Evidentemente, apresentamos todos os estudos de deriva de mancha. Um vazamento gera uma mancha que vai para algum lugar. Isso tudo faz parte do licenciamento. [NR: Veja matéria sobre Pitu Oeste nesta edição] E como estão os projetos de operação fora do Brasil? Estamos conversando muito com os nossos parceiros para, quem sabe, ter atividades na África e na América Latina. Entre todos os projetos, o que sai primeiro? O que está mais encaminhado é a perfuração na Bacia Potiguar e depois na Foz do Amazonas. E no exterior, quais planos saem na frente? Temos expectativas quanto à Namíbia, Nigéria, Serra Leoa… Há uma costa grande na África, que um dia foi encaixada à América do Sul, com perspectivas boas. Hoje, estamos com foco maior na Namíbia, mas ainda em fase exploratória, na aquisição de blocos, pensando mais no longo e médio prazos. A gente tem que fechar parcerias, até em blocos já licitados. O que esperar da indústria de exploração e produção no mundo e na Petrobras, nos próximos cinco anos? Não há muita diferença do Brasil em relação ao que está acontecendo no mundo. Estão todos trabalhando na descarbonização das suas atividades, com menos emissão por barril de óleo produzido. Os FPSOs P-84 e P-85, para os campos de Sépia II e Atapu II, por exemplo, estão com os

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