Brasil Energia, nº 483, 30 de outubro de 2023 73 | POR LAREN ANICETO | O mercado livre de energia consolidou-se como o principal ambiente de contratação para a expansão da oferta de energia elétrica no Brasil nos próximos anos. Segundo estudo da Abraceel, associação dos comercializadores de energia, com base em dados da Aneel, do total de 129,5 GW de energia elétrica centralizada já outorgada para operação entre 2023 e 2029, 92% estão sendo destinados ao ACL. Isso representa mais de R$ 384 bilhões de investimentos, de um total de R$ 424 bilhões previstos para todo o segmento de geração de energia no período. Além disso, dados do BNDES demonstram o protagonismo das comercializadoras nessa expansão. Do total dos projetos eólicos e solares finantar fora do mercado cativo a partir de janeiro de 2024. Para avaliar a mudança existem ferramentas como a plataforma da Lead Energy, que permite a análise de redução da conta de energia, transferência de concessionárias e mesmo reserva da tarifa negociada. O processo pode ser feito em minutos, mas a migração de fato precisa ser realizada numa janela que pode durar até um ano, dependendo do vencimento do contrato da empresa com a concessionária atual. A explicação é simples: o principal ponto de atenção é que o pedido de migração deve ser feito com seis meses de antecedência do vencimento do Contrato de Compra de Energia Regulada (CCER), um dos dois que toda empresa assina com sua concessionária. O outro é o Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD), que não exige prazo. Caso o consumidor cativo perca essa janela, vai ter que cumprir um ano de contrato, renovado automaticamente. Esse tempo já está na contabilização de Rafael Ruffato, CEO da Lead, para quem a nova plataforma deve ser usada na captação de novos clientes com potencial de migração. Segundo ele, a meta da startup é chegar a 1 mil novas unidades consumidoras até final de 2024. Mercado livre já concentra 77% da expansão da geração centralizada Considerando os 129,5 GW de energia elétrica centralizada outorgados até 2029, a maior parte (92%) será destinada ao ACL, representando investimentos superiores a R$ 384 bilhões no período
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