e-revista Brasil Energia 483

Brasil Energia, nº 483, 30 de outubro de 2023 7 O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes antecipou à Brasil Energia que o planejamento estratégico para os próximos cinco anos trará uma projeção de crescimento da produção de óleo e gás constante, equivalente às anteriores, e que a meta de 2023 será batida. Em 2022, a produção total, de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente (boe), cresceu 3,2% em relação ao ano anterior. A meta para 2023 é de um volume de extração de 3,8 milhões de boe por dia no conjunto das áreas operadas. As grandes aquisições de plataformas e equipamentos já aconteceram, mas o cenário internacional pode mudar o rumo dos projetos e a contratação de plataformas previstas. Mendes adiantou ainda que a Petrobras quer voltar para a África, sobretudo, com a formação de parcerias na Namíbia. Esse é o projeto de internacionalização mais próximo de sair do papel. “Há uma costa grande na África, que um dia foi encaixada à América do Sul, com perspectivas boas”, disse. A Margem Equatorial continua sendo objeto de desejo da Petrobras. A expectativa é de que a Advocacia Geral da União (AGU), assim como o Supremo Tribunal Federal (STF), se posicionem a favor da companhia. Leia a seguir os principais trechos da entrevista: Qual o seu sentimento quanto ao licenciamento da Foz do Amazonas? Tenho quase a obrigação de ser confiante, porque atendemos tudo que o Ibama precisava. Existe uma clareza muito grande nossa quanto ao STF (que considerou que não há necessidade de realização da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar, ao contrário do que propõe o Ibama) e a gente espera que também a AGU coloque dessa forma. Existe alguma possibilidade de o STF ser envolvido de fato nesse caso? Não. Quem licencia é o Ibama. O que o STF colocou foi que não faz sentido solicitar uma AAAS. Mas a palavra final é do Ibama. Então, não tem chance de judicialização? Não vejo essa hipótese. Possível sempre é. Mas não estamos numa parceria, estamos sozinhos. Então, acho muito improvável que a gente entre num litígio de uma forma direta com o Ibama nesse ponto. Temos vários litígios com a ANP e o Ibama. Mas, em relação a esse processo de licenciamento não, porque a palavra final é do Ibama. Não vejo muita chance de ganho, da Justiça dizer para o Ibama dar a licença. Acho até que pessoas podem responder com

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