Brasil Energia, nº 483, 30 de outubro de 2023 37 A instalação de equipamentos para reforçar a capacidade da UHE São Simão (1.710 MW) de prestar serviços ancilares requeridos pelo ONS vai gerar para a SPIC, concessionária da usina, um ressarcimento pelo SIN de R$ 32,43 milhões. Estes serviços ancilares para os quais o ONS requer que São Simão esteja aparelhada, resumidamente, são três. O primeiro é o autorrestabelecimento integral, ou seja, a capacidade de a usina sair rapidamente da condição de parada total para de operação sem auxílio externo. O segundo é o controle secundário de frequência, que é a capacidade de unidades geradoras (UGs) de restabelecer a frequência programada de um determinado sistema. E, por fim, o suporte de reativos, que é a capacidade da usina para receber ou fornecer energia reativa para fins de controle de tensão da rede. No caso do autorrestabelecimento integral, por exemplo, relatório do ONS, com a colaboração da EPE, constatou que atualmente a usina, última da cascata do rio Paranaíba, conta com apenas um grupo gerador a diesel, de aproximadamente 600 kVA. Mas para execução adequada das operações requeridas ela precisa estar equipada com dois grupos geradores a diesel de 912 e 1.140 kVA. Os custos desta parte das obras para efeito de ressarcimento serão de R$ 2,62 milhões, sendo R$ 1,59 milhão referente aos dois geradores. O diretor da Aneel Ricardo Tili, ao votar pela autorização, considerou que, o relatório do ONS diz que “a funcionalidade de autorrestabelecimento integral pela UHE São Simão oferecerá uma abordagem alternativa para o restabelecimento das cargas nos Estados de Mato Grosso e de Goiás”. Ainda de acordo com a análise do operador citada no voto, “esse enfoque mostra-se mais vantajoso do que o procedimento alternativo atual para atender a Área Itumbiara (GO) a partir UHE São Simão, situada na divisa dos estados de Minas Gerais e Goiás
RkJQdWJsaXNoZXIy NDExNzM=