Brasil Energia, nº 483, 30 de outubro de 2023 21 | POR MARCELO FURTADO | Ainda sem ter definido em qual cidade baiana vai instalar sua fábrica de aerogeradores no Brasil, a chinesa Goldwind quer criar uma cadeia de fornecedores, um cluster produtivo na região, que vai permitir que no futuro a empresa tenha capacidade técnico-econômica para produzir modelos competitivos globalmente de turbinas eólicas acima de 7 MW de potência, sua meta para o Brasil. “Se cresce muito o tamanho da máquina hoje fica difícil ter preço competitivo no Brasil, por conta do alto custo da cadeia de suprimentos nacional. Em modelos acima de 4 MW no País fica mais barato importar da China”, disse à Brasil Energia o presidente da Goldwind no Brasil, José Eduardo Teixeira de Carvalho Filho. Segundo Teixeira, a estratégia para a criação do cluster envolve não só empresas chinesas, caso da Sinoma, fabricante de pás que já se instalou em Goldwind aposta em novo cluster para ter aerogerador competitivo no Brasil Empresa ajuda fornecedores locais a melhorarem processos para ter aerogerador de alta potência competitivo no Brasil, com fábrica a ser instalada na Bahia gerador pode ajudar a estatal a explorar oportunidades nos recursos eólicos do seu portfólio. Em outubro deste ano, o Brasil tinha 28 GW de capacidade instalada em operação comercial de energia eólica. Os dados são da Abeeólica, que também contabilizou 10.369 aerogeradores em atividade em 12 estados do país. Até 2029, a previsão é de totalizar 52,9 GW. “À medida que a Petrobras acumula experiência e conhecimento na produção de aerogeradores de alta capacidade em terra, pavimenta o caminho para o desenvolvimento de aerogeradores de maior porte, que serão utilizados nos projetos de geração offshore. Nessa jornada, a transição para a energia eólica offshore oferece oportunidades para explorar o vasto potencial eólico no litoral do país”, disse o presidente da petroleira, Jean Paul Prates. “Mais do que nunca, a transição para fontes de energia renovável é fundamental para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e para construir um futuro mais sustentável e justo para a Petrobras e para as futuras gerações. Nossa parceria com a WEG é a prova do nosso compromisso com essa causa”, enfatizou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.
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