e-revista Brasil Energia 483

Brasil Energia, nº 483, 30 de outubro de 2023 111 que foi simulado em laboratórios de universidades. Participam da concorrência grandes empresas de desenvolvimento de tecnologias de sistemas subsea, como a TechnipFMC, Aker Solutions e One Subsea. Como antecipou a Brasil Energia, as propostas apresentadas giram em torno de US$ 600 milhões. A empresa que vencer a concorrência responderá também pela instalação de 12 km de linhas rígidas, 8 km de dutos flexíveis e 25 km de umbilicais. O edital ainda prevê o fornecimento do separador, bomba de injeção, linhas e todos os equipamentos, além da conexão do sistema com a unidade de produção. A expectativa é concluir em 2028 os testes no projeto-piloto do Hisep em Mero 3. Se a iniciativa for bem-sucedida, a tecnologia será replicada em campos com alto teor de CO2. A decisão sobre utilizá-la ou não será avaliada caso a caso, em cada reservatório. Mas, como o maior volume de gás com CO2 está concentrado no pré-sal, a perspectiva é de que seja usada em maior escala na região. “Essa é uma tecnologia na prateleira da Petrobras. Há a possibilidade de uso em vários campos. Mas serão necessários estudos específicos para cada projeto”, afirmou o gerente executivo de Libra, João Jeunon. Segundo ele, será um grande avanço se o projeto piloto estiver maduro em cinco anos. Concluída a primeira fase de Mero, de implantação do Hisep e de outras tecnologias, como o sistema permanente de sísmica 4D, além da instalação dos quatro FPSOs, a Petrobras passará a trabalhar em desenvolvimentos complementares do campo, com a interligação de novos poços. Para isso, está prevista a instalação de novos equipamentos do Hisep para agregar volume e capacidade ao reservatório. “Os possíveis volumes adicionais estão em estudo e dependem da evolução da tecnologia”, disse Jeunon. As quatro unidades contratadas para Mero têm capacidade total de 720 mil barris/dia e o pico de produção está previsto para acontecer até o início de 2026. Estão contratados os FPSOs Guanabara (já em operação), Sepetiba, Marechal Duque de Caxias e Alexandre Gusmão. A próxima instalação será do FPSO Sepetiba. O cronograma prevê a retirada de 40 mil barris/dia do primeiro de 16 poços no fim do ano. Na primeira etapa, que ocorrerá a partir deste ano e se estenderá até 2024, serão instalados seis poços produtores e seis injetores. O pico de produção está previsto para 2025. Todos os equipamentos e serviços necessários à implantação da plataforma já foram contratados. n Projeto do Hisep

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