Strohm é contratada pela PRIO para fornecer o primeiro TCP Jumper do Brasil

A Strohm, fabricante de dutos compósitos termoplásticos (TCP, na sigla em inglês), fechou contrato com a PRIO para fornecer linhas de gás lift para o redesenvolvimento do campo de Frade, na Bacia de Campos. Ao todo, foram instalados 2.200 metros de TCP Jumpers em lâmina d’água de aproximadamente 1.200 metros. A operação foi realizada no segundo trimestre de 2023.

A Strohm dividiu a entrega das linhas em dois pacotes – o primeiro com 1.300 metros e o segundo com 900 metros, ambos entregues em bobinas para transporte e instalação. Nesse modelo, denominado “jump on demand“, a companhia fornece comprimentos longos e realiza os cortes de acordo com a necessidade que o operador possui para realizar as interligações submarinas.

“O conceito ‘jump on demand‘ traz muita flexibilidade. Nós vamos cortando os segmentos, fazendo as terminações. Em pouco tempo, os TCP são entregues. O comprimento remanescente fica na bobina esperando a definição para os próximos cortes”, explicou Renato Bastos, VP da Strohm Brasil, ao PetróleoHoje. Segundo ele, ainda há comprimento disponível para a PRIO, que pode ser utilizado em Frade ou em outro campo produtor.

É a primeira vez que um duto compósito termoplástico é instalado no Brasil. O TCP pode ser utilizado desde o redesenvolvimento de campos maduros até aplicações no pré-sal para o transporte de fluidos com alto teor de CO₂. É uma tecnologia leve, livre de corrosão e com baixa emissão de carbono, que pode ser entregue em comprimentos longos, resultando numa redução significativa dos custos de transporte e instalação.

Segundo Iuri Rossi, gerente Subsea da PRIO, a Strohm é uma parceira estratégica da petroleira. “Destaco a flexibilidade do modelo ‘jumper on demand’, o curto prazo de entrega e a capacidade de adaptação às rápidas mudanças. A Strohm é muito dinâmica”, afirmou o executivo.

Strohm

Pioneira no desenvolvimento e fabricação de dutos flexíveis com materiais compósitos, a Strohm abriu um escritório no Rio de Janeiro em 2021, ano em que firmou um JIP com a Petrobras e a Shell para a instalação de um projeto-piloto no pré-sal em 2024. 

“Nosso TCP é insensível à corrosão e oferece uma pegada de CO₂ reduzida em até 60% em comparação com as alternativas de aço. O tempo de instalação é menor, o material é mais leve e a cadeia de supply chain é muito mais enxuta”, disse Bastos.

Os acionistas da Strohm são Aker Solutions, Chevron Technology Ventures, Evonik Venture Capital, Saudi Aramco Energy Ventures, Shell Ventures, Subsea 7, Sumitomo Corporation, HPE Growth, HydrogenOne Capital Growth, e ING Corporate Investments (100% subsidiaria do ING Bank N.V.).

A fábrica da empresa está localizada em sua sede, em IJmuiden, na Holanda. A Strohm também possui escritórios em Houston (EUA), Rio de Janeiro (Brasil) e Kuala Lumpur (Malásia).

Matéria originalmente publicada no PetróleoHoje em 5 de junho de 2023.