Retomada da Construção Naval: a Transpetro quer fazer sua parte

Subsidiária de logística da Petrobras, a Transpetro está disposta a reduzir o afretamento de navios, a maior parte deles de bandeira estrangeira, e priorizar a contratação de embarcações brasileiras. “Nunca é uma palavra que não existe no meu vocabulário. Vou sempre analisar a necessidade de atender meu principal cliente, que é a Petrobras”, afirmou o presidente Sérgio Bacci, em sua primeira entrevista coletiva no cargo.

Em sua opinião, a Petrobras afreta atualmente muitos navios, o que demonstra que há espaço para substituir um grande número de embarcações trazidas de fora por outras construídas no Brasil. “Consigo negociar com a Petrobras a um preço menor. A empresa poderá dizer, então, que tem navios a um preço menor. Discordo frontalmente de afretamento”, destacou.

A frota da Transpetro, hoje, é de 26 navios, menos da metade dos 73 que chegou a ter. Esse total é dividido entre embarcações de cabotagem e de longo curso. Há ainda outros dez aliviadores afretados. A intenção é ampliar os serviços oferecidos, que, atualmente, incluem a operação e manutenção de dutos e terminais. Uma das alternativas analisadas é a contratação da expertise da Transpetro pela PPSA, para que opere gasodutos que vierem a ser construídos, à medida que for diminuindo a reinjeção de gás nos campos e seja ampliada a oferta do insumo no mercado consumidor.

A Petrobras, no entanto, continuará sendo a principal contratante da Transpetro. A perspectiva é também de crescimento da empresa e, para isso, será realizado um concurso público para aumentar o contingente de funcionários. A intenção é elaborar os editais ainda neste ano. “Outra meta é aumentar a diversidade na liderança da companhia e, para isso, serão melhorados os processos internos de seleção. Esperamos ter mais mulheres em cargos de gestão na companhia”, ressaltou Bacci.

Matéria originalmente publicada no PetróleoHoje em 05/05/2023.