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Opinião

Quanto vale um céu azul?

Temos a chance de ouvir o que dizem os cientistas, de investir em novas tecnologias, para que não sejamos forçados, no futuro, a outras escolhas impossíveis

Por Paula Kovarsky Publicado em 2/05/2020

Vivemos tempos estranhos. De uma hora para outra fomos todos surpreendidos por um vírus novo e desconhecido que virou de cabeça para baixo a vida de todos. Um filme de ficção científica na vida real, sem um super herói ou heroína para resolver o problema. Pela frente a incerteza não só de quanto tempo vai durar a quarentena, mas de como serão os dias, meses ou anos depois que ela terminar.

As estatísticas da pandemia são assustadoras. O número de testes é infinitamente menor que o provável número de pessoas infectadas, em tese distorcendo a porcentagem de fatalidades. Mas o número absoluto de mortes é grande o suficiente: já morreram mais de 200.000 pessoas e estima-se que o total de mortes deva chegar a multiplos desse numero, até que um medicamento definitivo seja desenvolvido e uma vacina eficaz seja descoberta e aplicada em bilhões de pessoas ao redor do mundo. Some-se as mortes o impacto na economia global, deixando um rastro de negócios fechados, empregos perdidos, sonhos engavetados. O preço é absurdamente alto, sem a menor sombra de dúvida.

Os assuntos green-house gas emissions ou climate change vinham dominando a pauta das discussões relacionadas a sustentabilidade e propósito no mercado financeiro, fazendo com que crescesse absurdamente a relevância do tema ESG (Environmental, Social e Governance) como critério de investimento. O foco desse ano mudou, com o tema Social ganhando destaque e prioridade. Todos querem saber como as empresas estão se posicionando diante da pandemia, como cada uma tem tentado ajudar e contribuir com seus stakeholders, buscando garantir o suprimento de itens essenciais e ajudar as comunidades em que estão inseridas, além de cuidar daqueles que não podem ficar em casa para que tudo continue funcionando. Essa é a prioridade do momento. Nada mais razoável que assim seja.

Ironicamente, a pandemia do Covid-19 está gerando impacto positivo na questão de mudanças climáticas, reduzindo a poluição dos grandes centros urbanos onde foi implementado o distanciamento social. Poluição essa que torna sistemas respiratórios mais suscetíveis à infecção causada pelo vírus. Estima-se que o lockdown na China tenha reduzido as emissões de carbono em aproximadamente 25%, com queda de 40% no consumo de carvão usado nas principais termelétricas. A poluição do ar em Nova Iorque caiu pela metade em função das restrições à circulação. Na Índia se enxerga as montanhas do Himalaia a 150 km de distância. Já o céu de São Paulo tem amanhecido cada dia mais azul.
Estamos aprendendo, a duríssimas penas, que a natureza pode ser inclemente. Bill Gates já falava em 2015 sobre as lições que deveriam ter sido aprendidas e atitudes tomadas com as experiências de SARS e Ebola, investimento mínimo se comparado ao que ele estimava ser o custo de uma pandemia para a sociedade, algo como US$ 3 trilhões. Que lições vamos tirar dessa parada forçada e como as mudanças de hábito vão afetar as equações de oferta e demanda futuras ou as prioridades dos governos, das empresas e das pessoas? Vamos negligenciar investimentos em energias renováveis? E os investimentos para aumentar eficiência dos veículos ou produção de carros elétricos, num cenário em que a economia global precisará desesperadamente de fundos para se reerguer e o preço dos combustíveis fosseis estará provavelmente mais baixo?

Não se pode ignorar os avisos da natureza e é preciso agir enquanto é tempo. Nos vemos hoje diante da escolha impossível entre saúde hoje e saúde no futuro, qual o tempo ideal de isolamento, quando vai ser seguro relaxar os procedimentos e quais as consequencias de longo prazo para a economia e consequententemente para a vida de tantas pessoas. So somos de fato capazes de aprender com erros, os temas de sustentabilidade como critério de investimento de forma geral e de mudanças climáticas em particular deveriam ganhar ainda mais atenção e senso de urgência daqui para frente. Temos a chance de trabalhar melhor agora, ouvir o que dizem os cientistas, investir para que novas tecnologias sejam descobertas e desenvolvidas, além de intensificar o uso das existentes para que não sejamos forçados, no futuro, a outras escolhas impossíveis: a privação de ar respirável, água potável, saúde, liberdade, ou o simples prazer de abrir a janela e ver um céu azul.

Paula Kovarsky é Head of US Office e diretora de Relações com Investidores da Cosan desde 2015, com mais de 20 anos de experiência no setor de Óleo & Gas

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