Projeto da CPFL Energia que avalia segunda vida de baterias de veículos elétricos está na fase final

Iniciativa, em parceria com o CPQD e a BYD, aponta possibilidades de reaproveitamento em outras frentes

Um projeto desenvolvido pela CPFL Energia para dar uma segunda vida às baterias e reaproveitá-la em outras aplicações já conta com publicação de três patentes; com algoritmos que estimam e verificam o comportamento da bateria, auxiliando na segurança; com a proposição de normas técnicas; e com dados laboratoriais que comprovam a possibilidade de segunda vida dessas baterias.

A iniciativa – desenvolvida em parceria com o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e a montadora BYD – faz parte da chamada pública da Aneel voltada à criação de soluções na área de mobilidade elétrica eficiente. A proposta visa desenvolver produtos de armazenamento de energia a partir das baterias que são inutilizadas, aplicando em fontes renováveis de geração de energia, serviços ancilares e outros sistemas de armazenamento.

“Com o projeto de segunda vida, é possível que a bateria tenha mais vida útil, estima-se entre 5 e 10 anos na segunda aplicação, para diferentes usabilidades, como o armazenamento de energia gerada por sistemas fotovoltaicos e outras fontes intermitentes, ou como backup em estações de telecomunicações, por exemplo”, diz Rafael Moya, gerente de Inovação da CPFL Energia.

A prova de conceito vem sendo realizada no Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes (labREI), localizado na Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC), na Unicamp, que possui toda infraestrutura e equipamentos que permitem avaliar tanto o desempenho do sistema de armazenamento composto por células de bateria de segunda vida provenientes de veículos elétricos, quanto a associação aos painéis fotovoltaicos instalados no prédio.

Para poder avaliar o modelo de negócio de baterias de segunda vida foram realizados diversos ensaios laboratoriais, desenvolvimento de hardware e firmware, empacotamento mecânico, desenvolvimento de algoritmos com a inclusão de técnicas de Inteligência Artificial e estudos econômicos. A conclusão do projeto está prevista para dezembro desse ano.


Matéria originalmente publicada no EnergiaHoje em 29 de agosto.

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