Licitações para o campo de Aram começam em dois anos

A Petrobras planeja adquirir embarcações e outras estruturas para desenvolver a área em 2025 ou 2026, segundo o diretor de Exploração e Produção, Joelson Mendes

A Petrobras espera ir ao mercado num prazo de dois a três anos para contratar os equipamentos necessários para o desenvolvimento do campo de Aram, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. Por enquanto, a empresa perfura o segundo poço na área e a perspectiva é de perfurar mais um, segundo o diretor de Exploração e Produção da estatal, Joelson Mendes.

“Provavelmente, (Aram) vai ser uma área que a gente vai desenvolver. O início da produção vai ser na próxima década. Mas, provavelmente, a gente vai conseguir dimensionar a área e fazer um projeto de desenvolvimento da produção”, disse o executivo, em entrevista ao PetróleoHoje.

O campo está na lista dos projetos da Petrobras que devem contribuir para que a curva de produção da companhia continue subindo após 2032 e para que o nível de contratação de plataformas e outros equipamentos também permaneça elevado. Por enquanto, a empresa mantém em seu plano estratégico a contratação de 14 FPSOs.

“Para termos novidades, precisamos de novas descobertas”, afirmou o diretor da Petrobras. “Hoje, temos tudo muito bem definido do que entrará até 2028. Mas, muito provavelmente, até lá, a gente já sancionou outros projetos e foi para a rua”, complementou.

O bloco de Aram foi adquirido na 6ª Rodada de Licitações de Partilha de Produção do Pré-Sal, por um consórcio formado pela Petrobras, com 80% de participação no contrato, e a chinesa CNODC, com 20% de participação, além da gestora PPSA. A área está localizada a cerca de 200 km da costa do estado de São Paulo, em lâmina d’água média de 1,8 mil m e possui área total de 4.475,68 km².

Até agora, a ANP aprovou o Plano de Avaliação de Desenvolvimento (PAD) de Curaçao, uma parte do campo de Aram, e determinou a realização de uma sísmica 3D e a perfuração de dois poços exploratórios. A Petrobras informou ao mercado que, em 28 de julho deste ano, encerrou a atividade de sísmica 3D Nodes, realizada pela PXGeo.

Segundo o órgão regulador, há ainda compromissos contingentes de perfuração de mais dois poços exploratórios e a realização de quatro testes de formação a poço revestido (TFR) – um em cada poço perfurado no plano de avaliação. O encerramento das atividades deve acontecer até 30 de dezembro de 2026, se todas elas forem realizadas.

“Novas atividades no PAD de Aram estão previstas para os anos de 2024-2025. Outros blocos exploratórios do pré-sal seguem em avaliação e poderão ser objeto de novos PADs, à medida que a viabilidade econômica seja caracterizada”, informou a Petrobras, por meio da sua assessoria de imprensa.


Matéria originalmente publicana no PetróleoHoje em 22 de agosto de 2023.

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