GNLink com 14 projetos de liquefação de gás em desenvolvimento

Iniciativas visam ajudar distribuidoras na interiorização do gás natural e biometano a partir do transporte em pequena escala

A GNLink está com 14 projetos de liquefação de gás em desenvolvimento, sendo oito voltados para gás natural fóssil e seis para biometano. As iniciativas visam transportar o gás liquefeito em pequena escala (small scale) por meio de caminhões para o interior dos estados que ainda não apresentam rede de gasodutos.

Para implementar o small scale, a empresa conversa com pelo menos seis distribuidoras estaduais. Do total, a Bahiagás e a MSGás estão com chamadas públicas para interiorização de gás em andamento.

O CEO da GNLink, Marcelo Rodrigues, explicou ao EnergiaHoje que o país precisará de mais infraestrutura para atender a futura disponibilidade de molécula a partir da operação de projetos como o Rota 3. De acordo com o executivo, o Brasil tem mais de 200 cidades com potencial de instalação de rede estruturante.

“No caso do Paraná, o gasoduto chega em Ponta Grossa, mas, para chegar até Londrina, são mais 350 km de rede. A distribuidora terá um custo e tempo elevados para construir a malha. Com nosso projeto, a distribuidora pode construir com calma e o mercado já estará desenvolvido quando a rede chegar no local”, destacou.

Em junho, a companhia assinou um contrato com a Sondotécnica Energia para fornecimento de unidades portáteis de regaseificação de GNL ao Brasil. Os equipamentos terão capacidade entre 2 mil m³/hora a 500 mil m³/hora, dependendo dos pontos para operação.

A proposta é atender clientes industriais e ajudar as distribuidoras nos projetos de interiorização. O primeiro caso em andamento é no Paraná, onde as unidades serão instaladas em pontos de entrega no estado. A ação ocorre por meio de um acordo entre a GNLink e a Compagas.

O estado também conta com uma planta de liquefação, fruto de negociações com a Tradener, que também está em fase de construção. Segundo Rodrigues, a expectativa é fechar mais um acordo até o fim de agosto e fechar o segundo semestre com três contratos de liquefação de gás.

Projetos verdes

A empresa também está com seis projetos para liquefação biometano em andamento. As iniciativas vão ocorrer por meio da Migratio, responsável por fornecer a molécula de gás renovável; enquanto a GNLink ficará responsável pela liquefação, regaseificação e transporte da molécula.

As empresas assinaram um acordo em julho, com objetivo de viabilizar ações de produção de biometano até 2025. O objetivo é usar tecnologias de compressão e liquefação para levar o gás renovável para novas regiões.

Outro caso é o transporte de hidrogênio verde em pequena escala. A empresa também fechou um negócio com a PRF Gas Solution para desenvolvimento de negócios e implantação de unidades de produção de hidrogênio verde, com capacidade de até 5 MW, no Brasil.


Matéria originalmente publicada em 18 de agosto no EnergiaHoje.

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