Empresas de tecnologia preveem crescimento com nova regulamentação da Aneel para o setor

"A participação de startups, por exemplo, trará benefícios significativos, devido às suas bases tecnológicas sólidas, modelos disruptivos e metodologias ágeis", diz Douglas Vieira, CEO da Enacom

Em vigor desde 1º de julho, a Resolução Normativa da Aneel que atualiza o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PROPDI) traz mudanças que podem incentivar a busca por soluções de alto impacto para o setor elétrico.

A opinião é de Douglas Vieira, CEO da Enacom, empresa que desenvolve softwares customizados para o setor elétrico. “A participação de startups, por exemplo, trará benefícios significativos, devido às suas bases tecnológicas sólidas, modelos disruptivos e metodologias ágeis. A colaboração com startups permitirá uma maior diversidade de ideias e abordagens inovadoras”, diz.

Segundo ele, o novo regulamento do PDI da Aneel surge como um chamado às empresas de base tecnológica, principalmente startups, para o desenvolvimento de projetos. O regulamento, já publicado em Diário Oficial, visa impulsionar a transformação digital, ampliando a inovação, o desenvolvimento tecnológico e uma série de benefícios significativos para as concessionárias, pesquisadores, empresas de base científica e tecnológica.

Nível de Maturidade Tecnológica

Uma das principais mudanças introduzidas no programa, destaca Vieira, é o Nível de Maturidade Tecnológica (TRL), que permite avaliar e mensurar os riscos dos projetos do programa. “Isso possibilita uma melhor compreensão das chances de sucesso e auxilia na tomada de decisões estratégicas, resultando em uma melhoria nos processos de desenvolvimento e implementação das soluções”, afirma.

Outra medida importante é a implementação de um plano estratégico quinquenal de inovação, cujo objetivo é monitorar todas as atividades desenvolvidas pelas concessionárias participantes do programa. Esse plano estratégico permite estabelecer metas e indicadores que impulsionam o progresso e o alinhamento dos projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor elétrico.

A avaliação multiatributo do portfólio de PD&I também desempenha um papel fundamental na visão do executivo, pois as concessionárias de energia elétrica serão avaliadas individualmente e de forma coletiva, com base nas metas e indicadores definidos no plano. “Esse processo de avaliação contínua e abrangente permitirá acompanhar o progresso e os resultados dos projetos, garantindo maior transparência e eficiência na execução dos projetos financiados pelo programa”, acrescenta.

Com um processo de PDI estruturado dentro da Aneel desde o ano 2000, aprimorar o regulamento é uma necessidade para modernizar o setor elétrico, segundo Vieira. A expectativa da empresa é que o programa PROPDI contribua significativamente para a transformação do setor elétrico. “A adoção dessas soluções tecnológicas de vanguarda garantirá uma posição de destaque no mercado e permitirá às empresas desfrutar de ganhos de eficiência operacional, otimização de processos e gestão de recursos”, finaliza.


Matéria originalmente publicada em 17 de julho no EnergiaHoje.

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